Resumen:

Este artigo tem como objetivo investigar e analisar os discursos elaborados pela crítica de cinema sobre o filme “Bahia de todos os Santos” de Trigueirinho Neto, lançado em 1960. A noção de discurso neste sentido “excede o texto” para configurar-se também como conjunto de “práticas sociais e discursivas” (FOUCAULT, 2002). A metodologia utilizada foi a análise fílmica, e manteve-se um alinhamento em torno das interpretações textuais e discursivas de inspiração literária. Mesmo assim, em vários momentos nos debruçamos também para a sociologia em torno da obra. A análise fílmica é hoje uma metodologia abrangente e subsidiária de outras perspectivas (PENAFRIA, 2009, p. 5), mas que também, e por isso mesmo, pode ser entendida em suas especificidades e possibilidades epistemológicas próprias. Os Estudos Culturais que fundamentam conceitualmente esta análise sempre se viram divididos entre duas tendências metodológicas. De um lado as inspirações literárias, do outro as de ordem sociológica. Ambas estão em permanente diálogo e tensão. Os métodos voltados para interpretações textuais e análises discursivas, inspiradas nos  estudos literários, permitem ler os textos de forma ampla: literários, sonoros, televisivos, teatrais e audiovisuais. A crítica de cinema que se estabeleceu posteriormente  permite ver o quanto aparece ou são potencialmente elididos os discursos sobre o racismo. As análises de Jean Claude Bernardet, por exemplo, insistem muito mais em demarcar  a questão de classe na obra, em detrimento do debate racial. Outro ponto que merece atenção é o da miscigenação, e em como os discursos em torno deste tema configuraram-se como uma forma pela qual a identidade nacional busca uma espécie de superação da heterogeneidade racial, étnica e cultural de sua formação. Assim, a existência de  negros  e  índios  foi progressivamente  apagada  ou,  no  mínimo,  diluída  a  partir  da apropriação das suas culturas como parte integrante de uma nova cultura nacional original, a mestiça.

Referencias bibliográficas (opcional):

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. Rio de Janeiro. Loyola, 2002. PENAFRIA, Manuela. Análise de filmes: conceitos e metodologia(s). Atas do VI Congresso da Sopcom, abr. 2009, p. 1. 

Resumen:

Qual é o corpo que dança? Qualquer corpo. Porque é possível dançar, mesmo imóvel. O movimento também acontece dentro da gente. Ao longo das Histórias da sociedade, pessoas com deficiência eram vistas e tratadas de forma pejorativa no convívio social e nas Artes. Movimentos Sociais e os Disability Studies, foram fundamentais para mudar a perspectiva funcional sobre os corpos com deficiência. Costumo dizer que a diferença entre um corpo com deficiências reconhecidas com relação a um corpo sem deficiências aparentes é a definição de incapacidade que ele carrega histórico-socialmente. O que o meu corpo faz se não pode sair sozinho, se comunicar com facilidade, aprender com qualidade, se cuidar e ser cuidado com atenção, sem ser visto, ouvido, tocado carinhosamente, sem ser aceito como ele é e sem poder se divertir? O corpo se reprime, se afasta, se inibe, se culpa, se esconde, chora, grita, se apavora, sente medo, sente-se sozinho, sente-se frio e sem criatividade para se movimentar. O corpo se aprisiona na prisão que foi imposta a ele. Durante a História da Humanidade, corpos com deficiência foram vistos com desprezo, medo e agressão. Para subverter o inconsciente-colonial-capitalista, citado pela professora Suely Rolnik, o olhar que eu proponho para estes corpos é o de aproximação, interesse, cuidado e criação. Criação com eles, para eles e por eles. Olhá-los com aquilo que se vê, sem silenciar as deficiências e aquilo que não se enxerga, que são todas as outras esferas da vida. A cena Hábraços e o espetáculo Amplexos são necessários para pensar políticas, corpos e abraços, ainda mais em um tempo em que não se pode abraçar. 

Referencias bibliográficas (opcional):

AGAMBEN, Giorgio. O aberto: o homem e o animal. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2013.AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2002.AGRA, Lucio. Monstrutivismo: reta e curva das vanguardas. Perspectiva, 2010.BENTO, Maria Aparecida Silva. Branqueamento e branquitude no Brasil. In: BENTO, Maria Aparecida Silva; CARONE, Iray (org). Psicologia Social do Racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. 4 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. p. 25-57.BRUNO, Eduardo. DENNY, Marcelo. Górgona: A devolutiva do olhar na arte contemporânea brasileira. In: LEAL, Dodi.; DENNY, Marcelo. (org). Gênero Expandido: Performances e contrassexualidades. 1 ed. São Paulo: Annablume, 2018. p. 327-341.CANCLINI, Nestor García. Culturas hibridas. Trad. de Heloísa Pezza Cintrão e Ana Regina Lessa. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.DI MARCO, Victor. Capacitismo: o mito da capacidade. Editora Letramento, 2021.COSTA, Pêdra. 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Resumen:

Este trabalho tem como objetivo apresentar como as relações sociais de poder perpassam as experiências de mulheres tanto no sistema educacional como em suas escolhas de carreiras profissionais a partir de duas pesquisas de mestrado desenvolvidas no departamento de Ciências Sociais & Educação na Faculdade de Educação (UNICAMP) que estudam desigualdades. Uma dessas pesquisas investigam trajetórias de mulheres negras que decidem se tornar bailarinas clássicas profissionais no Brasil, considerando a baixa presença ou inexistência de mulheres negras nesse ambiente e, a outra, analisa mulheres estudantes da Educação de Jovens e Adultos que precisaram sair da escola ou nunca a frequentaram por motivos de ordem variadas como questões envolvendo racismo, violência doméstica, desigualdades financeiras, gravidez na adolescência, entre outros fatores, mas que retornaram ao processo educacional já adultas. Em ambas as pesquisas observarmos que as trajetórias dessas mulheres foram influenciadas por relações sociais de poder interseccionais, por isso as categorias de raça, classe, gênero, orientação sexual, nacionalidade e faixa etária nos ajudam a analisar as desigualdades que perpassam as experiências individuais na vida cotidiana das interlocutoras levando em consideração as estruturas interseccionais como desigualdade social, relações de poder, contexto social, relacionalidade, complexidade e justiça social. Como metodologia, nossas pesquisas compartilham do uso de entrevistas com questionários semiestruturados que buscam compreender dessas mulheres suas experiências nesses ambientes formativos e como as variadas formas de opressões interferiram em suas escolhas ou conduziram-na a fazer escolhas que talvez não fossem suas prioridades e como elas enfrentam. De modo, que ao encararmos as relações sociais que formam o plano de fundo de experiências e trajetórias dessas mulheres entendemos melhor o detalhe das situações que afetam as biografias individuais que procuramos conhecer, ajudando no enfrentamento das desigualdades econômicas, raciais e de gênero conectados à uma teoria e uma práxis crítica que promova justiça social.

Referencias bibliográficas (opcional):

COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. Boitempo Editorial, 2021.MOURA, KCF. Essas bailarinas fantásticas e seus corpos maravilhosos: existe um corpo ideal para dança? [dissertação]. Campinas – SP: Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação; 2001.SCOTT, Joan, W. A invisibilidade da Experiência. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-graduandos de História. V. 16,1998. 

Resumen:

Ya que el estudio de la masculinidad y la blanquitud se enfocan generalmente como el estudio de la subjetividad, la mayoría de las investigaciones publicadas recientemente las abordan desde la perspectiva cualitativa. Esto ha representado una profundización de los aspectos simbólicos de ambas construcciones identitarias, sin embargo, la posibilidad de explorar desde una perspectiva cuantitativa significa la oportunidad de analizarlas desde perspectivas colectivas. Por otro lado, los estudios interseccionales sobre el género y la raza, más particularmente, sobre la masculinidad y la blanquitud son aún recientes y para su exploración se cuenta con pocas herramientas cuantitativas que incorporen en su diseño ese enfoque. Por ello, se ha elaborado una escala Likert para explorar el acuerdo/desacuerdo con mandatos incorporados por los hombres, en los que se evidencie la interseccionalidad de las ideologías machista (la masculinidad dominante) y racista (la blanquitud). Este instrumento será utilizado para la comparación del nivel de afinidad con tales mandatos de estudiantes universitarios de Costa Rica y Guatemala, como parte de la investigación doctoral del autor. La ponencia argumenta sobre los postulados teóricos a partir de los cuales se considera que el instrumento es una exploración interseccional y no sólo la integración de ítems que exploren por separado ambas ideologías; sobre las posibilidades de análisis que ofrece y sobre los procedimientos de su construcción y validación.

Referencias bibliográficas (opcional):

Resumen:

La investigación indaga el trabajo de cuidados remunerado (TCR)  de trabajadoras de casas particulares (TCP), ocupación que incluye a quienes realizan tareas de cuidado directo, (cuidados no terapéuticos) e indirecto (tareas de limpieza) en situación de pandemia.Fuente significativa de empleo en todo el mundo, el TCR en Argentina es la principal ocupación de las mujeres: del 1.4 millón de personas ocupadas en el sector, 99,3 % son mujeres. El 72.3 % realiza tareas domésticas generales, mientras que 24,5 % se ocupa del cuidado de personas. Cabe remarcar que el 76,8 % no está registrada, careciendo de cobertura en salud, licencias por enfermedad y maternidad, etc. Trabajo naturalizado como deber ser de las mujeres, constituye una labor desvalorizada simbólica y económicamente, realizada gratuitamente en los hogares o delegada a mujeres de sectores populares. Partiendo del supuesto de que el trabajo de las TCP constituye un analizador privilegiado de la articulación trabajo-género-clase-raza que amplificó su poder analítico en situación de pandemia, el estudio focaliza en las modalidades que asumió la división social/sexual del trabajo en el sector.  ¿Qué particularidades  asumió la producción/reproducción de la desigualdad, de alterización y discriminación de las TCP? ¿Qué estrategias pusieron en juego empleadores y trabajadoras y qué tensiones irrumpieron en torno del trabajo y los cuidados? ¿Cómo fueron vividas y son narradas las vicisitudes atravesadas durante la pandemia por parte de las trabajadoras? En base a la perspectiva del care y el abordaje interseccional, expondremos  resultados obtenidos mediante distintos instrumentos de recolección/análisis: una encuesta sobre las TCP  realizada en pandemia; entrevistas con trabajadoras, relevamiento y análisis etnográfico  en redes sociales, análisis de noticias de medios de comunicación.Entre las múltiples dimensiones analizadas, se priorizarán: Entre las diversas dimensiones analizadas, se priorizarán: las formas que asumió el cuidado/responsabilidad y las modalidades producción/reproducción de la desigualdad e Inferiorización en situación de pandemia.

Referencias bibliográficas (opcional):

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Resumen:

La ponencia tiene como objetivo discutir en torno a la vulnerabilidad social y a las políticas para su atención en la sociedad cubana actual; en particular se enfoca en las desigualdades y desventajas presentes en las mujeres negras. Se asume la perspectiva interseccional para el examen de desigualdades sociales y de las políticas públicas para su atención.Con relación a la metodología, se utiliza la sistematización de 366 investigaciones sobre desigualdades sociales, así como de informaciones oficiales, realizadas durante el período comprendido entre 2008 y 2018.Los resultados destacan la relevancia de las intersecciones entre género, color de la piel, clase, edad y territorio en la configuración de las desigualdades sociales; otras dimensiones –discapacidad, condición migratoria, orientación sexual, capital cultural familiar, situación familiar y conyugal, etc.- refuerzan las desventajas presentes a partir de estos entrecruzamientos. Respecto a las políticas públicas para la atención de estas desigualdades y desventajas se utiliza el análisis de contenido de tres programas: Programa Nacional para el adelanto de las mujeres, Programa nacional contra el racismo y la discriminación racial de Cuba, y Política de atención a situaciones de vulnerabilidad social. Los resultados presentan valoraciones sobre objetivos, integralidad de sus acciones, identificación como población meta de grupos sociales en los que se intersectan y concentran desventajas, y sobre la pertinencia de sus instrumentos de implementaciónComo última cuestión se hace referencia a experiencias de atención a grupos vulnerables durante la pandemia por SARS COVID-19, en especial las relacionadas con las desigualdades basadas en el género, en intersección con otras dimensiones relevantes.Como conclusiones se destaca la pertinencia del enfoque interseccional para el análisis de las desigualdades y la vulnerabilidad social y de las políticas para su atención.

Referencias bibliográficas (opcional):

Resumen:

Esta ponencia analiza los litigios presentados en las cortes de la Audiencia de Quito entre los siglos 18 – e inicios del 19 y se tratan de juicios presentados acogiéndose a la aplicación de la Real Pragmática, la cual fue expedida con el objetivo de impedir los matrimonios desiguales. A partir de estos juicios, esta ponencia argumenta que el discurso de la diferencia y de las desigualdades que se construyen con el fin de alegar el disenso combinan nociones de clases, de status, de raza, de identidades y de prácticas, es decir, que no existe un solo marcador para definir la desigualdad, además de que la creación de un lenguaje de la diferencia es un proceso dinámico en el que intervienen los sujetos y las instituciones. Finalmente esta ponencia propone indagar sobre la pertinencia de la aplicación de ciertas categorías analíticas para comprender la dinámica de esas relaciones en su contexto.

Referencias bibliográficas (opcional):